O vento com seu trabalho de soprar, refrescar, alisar, bater e derrubar, não arranca as pétalas da flor. Ele apenas espalha pólen e o aroma do néctar.
Alguns centímetros de distância voa um pequeno inseto, uma abelha. O inseto com seu voo torto e desengonçado aproxima-se da flor. A cheira, beija e pega um pouco de seu néctar. Cheira, beija e néctar. Cheira, beija e néctar. Esse processo repetiu-se algumas vezes por alguns dias, até numa noite o girassol soltar todas as suas pétalas e sumir. Do nada. Na manhã seguinte a abelha não encontra o girassol no mesmo local de sempre. Volta varias vezes, outras manhãs, no mesmo local mas não encontra nada. Nenhuma pétala. Sumiu.
O inseto apenas sorrir com seu voo torto. Lembrou de algumas noites que andava com um pouco de luz nos bolsos, que pegava de dia, para o girassol dançar à noite. A abelha adorava ver a dança no escuro. Sorriu mais uma vez, apontou para o norte e voou num voo torto.
No dia seguinte, onde todas as flores da mesma família dançavam, o inseto voltou. Olha alguns minutos para os lados e observa um caule. O inseto aproxima-se. O inseto senta. O inseto torto ficou. Não estava ali apenas pelo néctar, era por algo a mais. Algo inexplicável. E o inseto sentado ficou. Ele, um livro e um favo de mel, pois por se tratar de uma flor anual a abelha precisava de algo para passar o tempo. E espera.
Ficou lindo! Espero que o girassol renove-se logo... :)
ResponderExcluir(:
ResponderExcluirAcho que vai.
Valeu, Camille.