O sol bate na janela e uma grande
criança acorda de um pequeno sono. Com um sorriso no rosto levanta-se e vai até
a sala num pulo. Lá, havia uma surpresa que a deixaria com o sorriso mais
largo. Um boneco. Um simples, pequeno e grande Títere. Sim, um Títere estava
encostado no sofá de braços abertos, não esperando por alguém, mas estava de
braços abertos.
A criança, encantada, pega e não
larga o boneco. Eram conversas, risos e brincadeiras sempre juntos. Sempre. Em
uma das brincadeiras a grande criança nota uns cordéis no boneco e fica
impressionada com aquilo. Uns ligavam a boca, outros as pernas, braços, cabeça,
peito... tudo era ligado. Começou a puxar um por um e achou engraçado brincar
de puxar os cordéis do boneco.
Começou a controlar tudo. Braços, pernas, conversas... Crianças. Era uma novidade enorme. Correu e rapidamente apresentou seu brinquedo aos amigos e familiares. Eles adoraram o boneco, que adorava a criança, que adorava brincar.
Começou a controlar tudo. Braços, pernas, conversas... Crianças. Era uma novidade enorme. Correu e rapidamente apresentou seu brinquedo aos amigos e familiares. Eles adoraram o boneco, que adorava a criança, que adorava brincar.
Cordéis. Todo dia era um puxar
para cima, para baixo, para um lado e para o outro. Tudo era muito simples até,
um ser puxado sozinho pelo boneco. A criança assustada, puxou todas as cordas
de uma vez só num reflexo. De olhos arregalados olhava para o boneco e achou
que estava com defeito. Mas não, simplesmente o boneco tinha vida e falou. Sim,
falou. A grande criança, ainda
assustada, não sabia o que fazer. Achava que era impossível o boneco mover-se,
achava que bonecos não poderiam falar... achava.
Num movimento brusco, a criança corta todos os cordéis não deixando
um conectado. O boneco não caiu, não quebrou, mas perdeu os cordéis. Olhou para
a criança que disse em seguida: - Vai ficar tudo bem. Não vai mudar nada nos
movimentos. – o títere apenas olhava nos olhas da criança que olhava para o
nada.
Tudo ficou bem... diferente. Na mesma hora percebeu que o sorriso era torto, a voz era torta e os abraços sem braços.
A pequena grande criança não percebeu que os cordéis não eram apenas ligados as pernas, braços, cabeça... Também eram ligados ao sorriso, abraço e a amizade. Desequilíbrio.
Tudo ficou bem... diferente. Na mesma hora percebeu que o sorriso era torto, a voz era torta e os abraços sem braços.
A pequena grande criança não percebeu que os cordéis não eram apenas ligados as pernas, braços, cabeça... Também eram ligados ao sorriso, abraço e a amizade. Desequilíbrio.
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